Violencia contra a mulher, uma doença a ser combatida com educação e justiça



Temos visto continuamente notícias chocantes de violência contra a mulher, fato que infelizmente não é novidade em nossa sociedade, mas que tem crescido assustadoramente. Isso nos leva a refletir quais seriam as causas e como solucionar este fenômeno absurdo.

É inconcebível que já no século XXI ainda convivamos com uma visão patriarcal que gera a violência física, psíquica e social contra as mulheres, impedindo a igualdade verdadeira na seara política, familiar e profissional.

Faz-se necessário que aliado às famílias, o Estado cumpra seu papel, implementando políticas educacionais verdadeiras neste sentido, com uma posição de absoluta intolerância à violência, sobretudo àquela perpetrada contra a mulher, devendo para tanto também aprimorar-se o Poder Judiciário.

No meu entendimento, apesar do fato ser complexo, a resposta passa em muito pela mudança da educação familiar e formal, tendo por base a real consciência de tratar-se de doença social a ser resolvida. Nessa missão devem ser engajadas escolas, igrejas, justiça e todos os demais poderes e representações sociais, mas sobretudo as famílias, como quer que sejam elas constituídas.

Meu pai, homem simples e sábio, nos aconselhava “meu filho, se você um dia se casar com uma mulher que esteja socialmente abaixo de você, traga-a para o seu nível. Se se casar com uma que esteja acima de você, suba para o nível dela.” Assim crescemos, eu e meus irmãos, aprendendo com ele e com minha mãe, mulher independente, como deveríamos sempre respeitar as mulheres.

Esses ensinamentos de igualdade, admiração, parceria e respeito tentamos eu e Rose, mulher maravilhosa que divide a vida comigo há mais de 23 anos, replicar em nossos filhos Thiago e Pedro.

Acreditamos que a educação na família pode ajudar a construir um ser que entenda que as diferenças sejam elas quais forem fazem parte da diversidade, e que devemos desenvolver a capacidade do diálogo e da compreensão. Que o amor liberta, supera e acolhe. Desejamos, eu e ela, que este seja nosso legado para nossos filhos homens, e talvez assim possamos contribuir também para acabar com esse pesadelo que teima em assombrar nossos dias.


Mídia



Fotos