O que proibido no marketing de profissionais da área da saúde
Em tempos de fake news e desinformação, a produção de conteúdo por profissionais de saúde tem um propósito maior que o mero marketing.
O impacto negativo de informações falsas foi sentido com mais força durante os últimos anos de pandemia.
Tanto a falta de informação quanto as fake news sobre o assunto fez com que todos tivessem suas rotinas alteradas.
Por isso, a presença de médicos e os demais profissionais da saúde nas redes sociais e em todos os meios de comunicação e relacionamento cumpre uma função social que vai além da compra e venda do serviço de saúde.
Mas como produzir esse conteúdo para informar e vender sem ultrapassar os limites éticos e legais?
O primeiro ponto de atenção para uma boa estratégia de marketing para profissionais de saúde é conhecer em detalhes a regulamentação sobre publicidade do próprio conselho de profissão.
O Conselho Federal de Medicina, por exemplo, criou o Manual de Publicidade Médica, uma resolução que estabelece as principais restrições em propaganda, anúncios e autopromoção dos profissionais e estabelecimentos médicos.
O Conselho Federal de Odontologia também tem uma cartilha explicativa na qual é possível saber o que é permitido e o que é proibido no marketing para dentistas.
É importante que os profissionais e suas equipes conheçam essas cartilhas para evitar problemas com o registro profissional.
Aqui, vamos pontuar as principais proibições no marketing de profissionais de saúde para você nortear sua comunicação com seus pacientes e com o público.
O que é proibido?
Informações falsas
As mais óbvias das restrições é não divulgar informações falsas de qualquer sentido. Isso inclui especializações sem inscrição no Conselho e fazer propaganda de método ou técnica não reconhecida.
Os jargões da publicidade
Expressões muito conhecidas da publicidade como "o melhor", "exclusivo", "promoção" e todos os termos que induzam o paciente a pensar que existe qualquer garantia de resultados nos tratamentos.
Anunciar preços
Peças publicitárias com preços e/ou modalidade de pagamento que promovam a comercialização do serviço de saúde. A proibição vale também para sorteios e promoções pelos mesmos motivos.
E fotos de resultado, tipo antes/depois, pode?
Essa é uma das grandes polêmicas sobre o marketing para profissionais da área de saúde.
Como dito antes, não se pode prometer garantia de resultados, já que cada paciente é único. Essa é a justificativa do Conselho Federal de Medicina para proibir fotos de antes e depois, mesmo que autorizadas pelo paciente.
Já os demais conselhos da área de saúde permitem a divulgação de resultados de procedimentos, desde que com prévia autorização do paciente.
O que acontece se o profissional descumprir essas medidas?
Todo conselho tem uma comissão que fiscaliza a publicidade de saúde e tem autonomia de investigação para convocar os profissionais e pessoas jurídicas envolvidas para prestar esclarecimento.
A primeira medida em caso de suspeita de violação das normas é a suspensão imediata do anúncio. A partir daí, a comissão pode instaurar uma sindicância por infração do Código de Ética e as penalidades vão desde multa à cassação do registro profissional.